Enquanto o amor não vem.
Fernanda Dannemann.
O que fazer nesse meio tempo, quando a solidão muitas vezes pode ser tão
dolorosa e o tédio, imenso? Em vez de se deixar contaminar pelo desânimo
ou pelo desespero que acaba fazendo com que você aceite a companhia de qualquer
pessoa, mergulhe na cura interior.
Estabeleça um diálogo consigo mesmo(a). É fundamental ouvir-se, questionar-se,
analisar comportamentos, atitudes e desejos, para encontrar um novo ideal
de conduta e de relacionamento. E assim, aprender a buscar a felicidade
de um amor duradouro e a descartar aqueles que certamente só lhe trarão
sofrimento.
Saber viver o tempo de estar só é a oportunidade para um verdadeiro renascimento.
A entressafra amorosa pode ser o momento ideal para a construção de uma
vida a dois maravilhosa. Aproveite para mudar os seus padrões de comportamento
e fazer uma revisão do que não tem funcionado nos seus relacionamentos.
Para ser feliz no amor é fundamental ter uma boa auto-estima e alimentar
o desejo de tornar-se cada vez melhor e de crescer sempre. Acredite ou não,
a felicidade amorosa começa justamente quando estamos sozinhos, à espera
do amor.
O ponto de partida para o amor bem sucedido é compreender que você é a única
pessoa que pode fazer por você aquilo que, provavelmente, vem desejando
que o(a) parceiro(a) faça.
Alimente o amor-próprio e saiba dar um tempo para se ouvir, rir, abraçar-se
carinhosamente. Um tempo só seu, em silêncio, para que seja possível entrar
em contato com os seus sentimentos mais profundos e alimentar o amor pelo
ser que você é e que já tem tudo o que precisa para ser feliz.
Uma boa auto-estima significa, também, saber cuidar-se. Estar atento(a)
para as suas necessidades, potencialidades, desejos verdadeiros. Se não
se dedicar
a você mesmo(a), continuará procurando fora aquilo que só encontrará em
seu
interior.
Alimentar a expectativa de um(a) parceiro(a) que corresponda à todas as
suas
expectativas é o caminho mais curto para fazer os seus relacionamentos naufragarem.
Pare de se criticar. Em vez de remoer fracassos ou e afogar-se na própria
raiva e frustração, aceite os fatos que aconteceram em sua vida,principalmente,
aqueles que passaram e que não podem ser refeitos.
Procure identificar o padrão de comportamento e as razões que costumam levar
ao fim os seus relacionamentos amorosos.
Enquanto não perceber o que é que você costuma fazer e que não está funcionando,
Não adiantará mudar por fora, ganhar dinheiro, ou realizar outras mudanças
externas.
Limpar o passado significa entrar em contato com a sua verdade, com aquilo
que você é, aceitando-se e entrando num movimento natural de expansão da
vida.
Isso quer dizer assumir um compromisso com o crescimento contínuo, a melhoria
constante, a superação das próprias dificuldades, o aumento da capacidade
de ver o outro. Desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro,de
trocar e compartilhar sem comprometer seus valores fundamentais.
Livre-se de crenças como: "Não posso viver sem o(a) fulano(a), que é o meu
amor" ou "Deve haver algo errado comigo", "Todo mundo é melhor do que eu"
ou'assim por diante.
As experiências dolorosas nos ensinam que é preciso parar, analisar, questionar-se
e encontrar a verdade dentro de nós. Sem medo nem vergonha de encarar a
realidade de frente. É fundamental afastar o hábito das desculpas e justificativas
que não levam a nada e não passam de uma tentativa de tentar racionalizar
o que não está funcionando.
Quando não se está feliz afetivamente, é comum acreditar-se que é preciso
encontrar alguém especial para voltar a ser feliz. Isso explica porque tanta
gente se atira em um relacionamento após o outro, com medo de ficar só e
não suportar o contato com as suas questões.
O melhor a fazer é aprender com os relacionamentos passados e utilizá-los
como espelhos que refletem os seus problemas a serem trabalhados.
Ao fazer isso, você encontrará as ferramentas para solucionar os problemas
e se dará conta da importância da atitude no seu relacionamento consigo
próprio(a)e com o outro.
Tenha disposição para mudar. Esta disposição acaba com os gérmens da culpa,da
vergonha, do fracasso, da raiva, do medo e do ressentimento. Desejar tornar-se
melhor para si mesmo(a) e para os outros é um bom começo. Mantenha a auto-vigilancia
eobserve como passa a agir.
Se em algum momento desse processo você se sentir desanimado(a) e preso(a)
a cmportamentos negativos, sente-se, respire fundo e repita para si mesmo(a):
Esse é apenas um reflexo de algo que estou manifestando agora. Não é o meu
ser verdadeiro.
Faça uma escolha diferente. Mude de idéia. Logo, estará mais calmo(a) e
em
condições de agir de forma positiva.
Quando sentir-se atraído(a) por alguém, cuidado com táticas desesperadas
de conquistaMuitas vezes, quando uma pessoa começa a fazer todo o esforço
domundo ara conquistar outra, acaba se afastando de sua verdade: diz coisasque
não diria normalmente (e até o que não acredita), tem atitudes que nãoteria
e perde o seu eixo, tira os pés do chão. Em pouco tempo acabará sedesrespeitando
e iniciando um romance que não terá base de sustentação e'acabará desabando.
Cuidado com esse incontrolável desejo de agradar
Com freqüência, de tanto querer agradar e fazer tudo certinho, corre-se
orisco de extrapolar. Isso se aplica a diversos aspectos da convivência,
como:
Dar mais atenção ao outro do que o outro gostaria.
Sair super produzido(a) para um programa simples como um cineminha ou um'café.
Dar uma de atleta sexual na primeira vez que faz amor com aquela pessoa.
Encher o outro de perguntas, querer logo saber tudo sobre a outra pessoa.
Quem gosta de um(a) detetive no pé?
Controle o desejo de criar intimidade ou de agradar. "Caso contrário, você'só
conseguirá assustar o outro, que ira fugir", diz Vilma Ferreira.
A verdade é que a dedicação exagerada assusta e dificilmente agrada. A melhor
atitude é ser o mais autêntico(a) possível em vez de ficar fazendo "tipo."
Não tenha vergonha de ser natural, de dizer o que pensa, mostrar como vive,
de contar suas preferências, ser você mesmo(a). É importante ir devagar,
saber que tudo leva um tempo para acontecer e não tentar apressar esse ritmo.
Quem quer aprender a ser um bom parceiro(a) amoroso(a), deve, antes de tudo,
aprender a ser um bom parceiro para si mesmo. "Saber agradar-se, respeitar-se
e gostar de si mesmo é fundamental para a conquista da felicidade", diz
a
psicóloga. Quem consegue ser feliz sozinho é capaz de ser generoso(a) e
quilibrado(a)e demonstra ter condições vitais para conquistar alguém e ser
vitorioso no amor.
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