sábado, 17 de novembro de 2012
Enquanto o amor não vem.
Fernanda Dannemann.
O que fazer nesse meio tempo, quando a solidão muitas vezes pode ser tão dolorosa e o tédio, imenso? Em vez de se deixar contaminar pelo desânimo ou pelo desespero que acaba fazendo com que você aceite a companhia de qualquer pessoa, mergulhe na cura interior. Estabeleça um diálogo consigo mesmo(a). É fundamental ouvir-se, questionar-se, analisar comportamentos, atitudes e desejos, para encontrar um novo ideal de conduta e de relacionamento. E assim, aprender a buscar a felicidade de um amor duradouro e a descartar aqueles que certamente só lhe trarão sofrimento. Saber viver o tempo de estar só é a oportunidade para um verdadeiro renascimento. A entressafra amorosa pode ser o momento ideal para a construção de uma vida a dois maravilhosa. Aproveite para mudar os seus padrões de comportamento e fazer uma revisão do que não tem funcionado nos seus relacionamentos. Para ser feliz no amor é fundamental ter uma boa auto-estima e alimentar o desejo de tornar-se cada vez melhor e de crescer sempre. Acredite ou não, a felicidade amorosa começa justamente quando estamos sozinhos, à espera do amor. O ponto de partida para o amor bem sucedido é compreender que você é a única pessoa que pode fazer por você aquilo que, provavelmente, vem desejando que o(a) parceiro(a) faça. Alimente o amor-próprio e saiba dar um tempo para se ouvir, rir, abraçar-se carinhosamente. Um tempo só seu, em silêncio, para que seja possível entrar em contato com os seus sentimentos mais profundos e alimentar o amor pelo ser que você é e que já tem tudo o que precisa para ser feliz. Uma boa auto-estima significa, também, saber cuidar-se. Estar atento(a) para as suas necessidades, potencialidades, desejos verdadeiros. Se não se dedicar a você mesmo(a), continuará procurando fora aquilo que só encontrará em seu interior. Alimentar a expectativa de um(a) parceiro(a) que corresponda à todas as suas expectativas é o caminho mais curto para fazer os seus relacionamentos naufragarem. Pare de se criticar. Em vez de remoer fracassos ou e afogar-se na própria raiva e frustração, aceite os fatos que aconteceram em sua vida,principalmente, aqueles que passaram e que não podem ser refeitos. Procure identificar o padrão de comportamento e as razões que costumam levar ao fim os seus relacionamentos amorosos. Enquanto não perceber o que é que você costuma fazer e que não está funcionando, Não adiantará mudar por fora, ganhar dinheiro, ou realizar outras mudanças externas. Limpar o passado significa entrar em contato com a sua verdade, com aquilo que você é, aceitando-se e entrando num movimento natural de expansão da vida. Isso quer dizer assumir um compromisso com o crescimento contínuo, a melhoria constante, a superação das próprias dificuldades, o aumento da capacidade de ver o outro. Desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro,de trocar e compartilhar sem comprometer seus valores fundamentais. Livre-se de crenças como: "Não posso viver sem o(a) fulano(a), que é o meu amor" ou "Deve haver algo errado comigo", "Todo mundo é melhor do que eu" ou'assim por diante. As experiências dolorosas nos ensinam que é preciso parar, analisar, questionar-se e encontrar a verdade dentro de nós. Sem medo nem vergonha de encarar a realidade de frente. É fundamental afastar o hábito das desculpas e justificativas que não levam a nada e não passam de uma tentativa de tentar racionalizar o que não está funcionando. Quando não se está feliz afetivamente, é comum acreditar-se que é preciso encontrar alguém especial para voltar a ser feliz. Isso explica porque tanta gente se atira em um relacionamento após o outro, com medo de ficar só e não suportar o contato com as suas questões. O melhor a fazer é aprender com os relacionamentos passados e utilizá-los como espelhos que refletem os seus problemas a serem trabalhados. Ao fazer isso, você encontrará as ferramentas para solucionar os problemas e se dará conta da importância da atitude no seu relacionamento consigo próprio(a)e com o outro. Tenha disposição para mudar. Esta disposição acaba com os gérmens da culpa,da vergonha, do fracasso, da raiva, do medo e do ressentimento. Desejar tornar-se melhor para si mesmo(a) e para os outros é um bom começo. Mantenha a auto-vigilancia eobserve como passa a agir. Se em algum momento desse processo você se sentir desanimado(a) e preso(a) a cmportamentos negativos, sente-se, respire fundo e repita para si mesmo(a): Esse é apenas um reflexo de algo que estou manifestando agora. Não é o meu ser verdadeiro. Faça uma escolha diferente. Mude de idéia. Logo, estará mais calmo(a) e em condições de agir de forma positiva. Quando sentir-se atraído(a) por alguém, cuidado com táticas desesperadas de conquistaMuitas vezes, quando uma pessoa começa a fazer todo o esforço domundo ara conquistar outra, acaba se afastando de sua verdade: diz coisasque não diria normalmente (e até o que não acredita), tem atitudes que nãoteria e perde o seu eixo, tira os pés do chão. Em pouco tempo acabará sedesrespeitando e iniciando um romance que não terá base de sustentação e'acabará desabando. Cuidado com esse incontrolável desejo de agradar Com freqüência, de tanto querer agradar e fazer tudo certinho, corre-se orisco de extrapolar. Isso se aplica a diversos aspectos da convivência, como: Dar mais atenção ao outro do que o outro gostaria. Sair super produzido(a) para um programa simples como um cineminha ou um'café. Dar uma de atleta sexual na primeira vez que faz amor com aquela pessoa. Encher o outro de perguntas, querer logo saber tudo sobre a outra pessoa. Quem gosta de um(a) detetive no pé? Controle o desejo de criar intimidade ou de agradar. "Caso contrário, você'só conseguirá assustar o outro, que ira fugir", diz Vilma Ferreira. A verdade é que a dedicação exagerada assusta e dificilmente agrada. A melhor atitude é ser o mais autêntico(a) possível em vez de ficar fazendo "tipo." Não tenha vergonha de ser natural, de dizer o que pensa, mostrar como vive, de contar suas preferências, ser você mesmo(a). É importante ir devagar, saber que tudo leva um tempo para acontecer e não tentar apressar esse ritmo. Quem quer aprender a ser um bom parceiro(a) amoroso(a), deve, antes de tudo, aprender a ser um bom parceiro para si mesmo. "Saber agradar-se, respeitar-se e gostar de si mesmo é fundamental para a conquista da felicidade", diz a psicóloga. Quem consegue ser feliz sozinho é capaz de ser generoso(a) e quilibrado(a)e demonstra ter condições vitais para conquistar alguém e ser vitorioso no amor.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Mercado Central/Central Market
I will make a report about my experience in Nigeria when I was there to work and earn some money to live than normal, of course. For starters, there is the northern hemisphere (it seems like everything is reversed), black race, religion Muslim, desert climate. I, white with blue eyes, I almost hung on a meat hook in the Central Market, where people butchers a bull right there, who disappeared in minutes. I, "bature" when I saw those guys looking at each other, then look at me, rubbing a knife in the other and smile, I left a desperate shot. It was not for nothing, because after I learned that they, in deep, deep down, they still feel a certain compulsion for human flesh. I do not believe, but on occasion I had a very strange feeling.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Dia dos Namorados
terça-feira, 29 de maio de 2012
OS INDIOS DO SÉCULO XXI
Virei Burocrata!
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimemto Sustentável
quinta-feira, 26 de abril de 2012
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Novo Índice
terça-feira, 27 de março de 2012
terça-feira, 20 de março de 2012
Poemas de Vinicius de Moraes
RETRATO DE MARIA LÚCIA - (VINICIUS DE MORAES)
Tu vens de longe; a pedra
Suavizou seu tempo
Para entalhar-te o rosto
Ensimesmado e lento
Teu rosto como um templo
Voltado para o oriente
Remoto como o nunca
Eterno como o sempre
E que subtamente
Se aclara e movimenta
Como se a chuva e o vento
Cedessem seu momento
À pura claridade
Do Sol do amor intenso!
O POETA - (Vinícius e Moraes)
Olhos que recolhem
Só tristeza e adeus
Para que outros olhem
Com amor os seus.
Mãos que só despejam
Silêncios e dúvidas
Para que outras sejam
Das suas, viúvas.
Lábios que desdenham
Coisas imortais
Para que outros tenham
Seu beijo demais.
Palavras que dizem
Sempre um juramento
Para que precisem
Dele, eternamente.
O Mosquito - (Vinícius de Moraes)
Parece mentira
De tão esquesito:
Mas sobre o papel
O feio mosquito
Fez sombra de lira!
O MAIS-QUE-PERFEITO - (Vinicius de Moraes)
Ah, quem me dera ir-me
Contigo agora
Para um horizonte firme
(Comum, embora...)
Ah, quem me dera ir-me!
Ah, quem me dera amar-te
Sem mais ciúmes
De alguém em algum lugar
Que não presumes...
Ah, quem me dera amar-te!
Ah, quem me dera ver-te
Sempre a meu lado
Sem precisar dizer-te
Jamais: cuidado...
Ah, quem me dera ver-te!
Ah, quem me dera ter-te
Como um lugar
Plantado num chão verde
Para eu morar-te
Morar-te até morrer-te...
O ESPECTRO DA ROSA - (VINICIUS DE MORAES)
Juntem-se vermelho
Rosa, azul e verde
E quebrem o espelho
Roxo para ver-te
Amada anadiômena
Saindo do banho
Qual rosa morena
Mais chá que laranja.
E salte o amarelo
Cinzento de ciúme
E envolta em seu chambre
Te leve castanha
Ao branco negrume
Do meu leito em chamas.
NATAL - (Vinícius de Moraes)
A grande ocorrência
Que nos conta o sino
É que, na indigência
Nasceu um menino.
Mil e novecentos
E cinqüenta e três
Anos são paremptos
Dessa meninez.
Muito tempo faz...
Mas ninguém olvida
Que é um dia de paz...
Porque fez-se a vida!
Natal de 1953
DIALÉTICA - ( Vinícius de Moraes)
É claro que a vida é boa
E a alegria, a única indizível emoção
É claro que te acho linda
E em ti bendigo o amor das coisas simples
É claro que te amo
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste...
A ESTRELINHA POLAR - (Vinícius de Moraes)
De repente o mar fosforeceu, o navio ficou silente
O firmamento lactesceu todo em poluções vibrantes de
astros
E a Estrelinha Polar fez um pipi de prata no atlântico
penico.
OS POLITÉCNICOS - ( Vinicius de Moraes)
FUI a São Paulo, a convite do Grêmio dos Politécnicos, bater um papo com os rapazes em sua Faculdade. Recusei-me a fazer uma palestra, pois sou homem de língua emperrada; mas os motivos para a minha ida como me foram apresentados pelos futuros engenheiros paulistas, pareceu-me bastante válidos, além de modestos. Têm eles que a carreira escolhida oferece o perigo de canalizar o pensamento para problemas puramente tecnológicos, em prejuízo de uma humanização mais vasta, tal como a que pode ser adquirida em contato com o homem em geral e as artes em particular.
Há muito não me sentava diante de tanto moços, com um microfone na mão, para lhes responder o que desse e viesse. _ "Quem sou eu _ perguntei-me, não sem uma certa amargura _ quem sou eu, que não sei sequer consertar uma tomada elétrica, para arrogar-me o direito de vir responder às perguntas destes jovens que amanhã estarão construindo obras concretas e positivas para auxiliar o desenvolvimento deste louco país?" Mas eles, aparentemente pensavam o contrário pois puseram-se a bombardear-me de perguntas que, falar verdade, não dependiam em nada de cálculos, senão de experiência, bom-senso e um grão de poesia. Providenciaram mesmo uma bonita cantorazinha de nome Mariana, que estreava na boate Cave (de onde partiram para fama Almir Ribeiro e Morgana) para cantar coisas minhas e de Antônio Carlos Jobim: o que era feito depois de eu responder se acreditava ou não em Deus, como explicava a existência de mulheres feias e o que pensava de João Gilberto.
A homenagem foi simpática, mas no meio daquilo tudo comecei a ser tomado por uma sensação estranha. Aqueles rapazes todos que estavam ali, cada um com a sua personalidade própria _ João gostando de romance Lolita, Pedro detestando; Luís preferindo mulatas, Carlos louras; Francisco acreditando em Karl Marx, Júlio em Jânio Quadros; Kimura preferindo filme de mocinho, Giovanni gostando mais de cinema francês _ já não os tinha visto eu em outras circunstâncias, em outros tempos? Aquele painel de rostos desabrochando para a vida, aqueles olhos sequiosos ao mesmo tempo de amor e conhecimento, não eram eles o primeiro plano de uma imagem que se ia perder no vórtice de uma perspectiva interminável, como num jogo de espelhos? Atrás de cada uma daquelas faces não havia o fotograma menor de outra face, como ela ávida de saber o porquê das coisas, e atrás dessa outra, e mais outra, e outra ainda? Vi-os, de repente, todos fardados me olhando, atentos às instruçõs de querra que eu lhes dava em voz monótona: "_ Os três grupos decolarão em intervalos de cinco minutos, e deixarão cair sua carga de bombas nos objetivos A, B e C, tal como se vê no mapa. É favor acertarem os relógios..." Mariana cantava, um pouco tímida diante de tantos rapazes, a minha "Serenata do Adeus":
Ai, vontade de ficar mas tendo de ir embora...
Qual daqueles moços seria um dia ministro? Qual seria assassino? Quem, dentre eles, trairia primeiro o anjo de sua própria mocidade? Qual viraria grã-fino? Qual ficaria louco?
Tive vontade de gritar-lhes: "Não acreditem mim! Eu também não sei nada! Só sei que diante de mim existe aberta uma grande porta escura, e além dela é o infinito _ um infinito que não acaba nunca! Só sei que a vida é muito curta demais para viver e muito londa demais para morrer!"
Mas ao olhar mais uma vez seus rostos pensativos diante da canção que lhes falava das dores de amar, meu coração subitamente se acendeu numa grande chama de amor por eles, como se eles fossem todos filhos meus. E eu me armei de todas as armas da minha esperança no destino do homem para defender minha progênie, e bebi do copo que eles me haviam oferecido, e porque estávamos todos um pouco emocionados, rimos juntos quando a canção terminou. E eu fiquei certo de que nenhum deles seria nunca um louco, um traidor ou um assassino porque eu os amava tanto, e o meu amor haveria de protegê-los contra os males de viver.