sábado, 20 de março de 2010

A Tal Merba

Complicado isso!
Não dá para enteder como determinadas pessoas agem de forma tão violenta quando querem alguma coisa em troca.
Poderiam cativar em vez de "forçar a barra" para conseguirem.
Generosidade? Pode ser que falte um pouco!
Mas como nem todo mundo é perfeito, temos que ser fortes o suficiente para suportar todas essas coisas.
Não vou narrar aqui nenhum caso porque é muito difícil tipificar. Mas é algo como uma cadeia trófica, ou, como diz o ditado: "É cobra engolindo cobra".
Merda foi o nome que eu dei para este texto, porque merda é a coisa mais descartável e insignificante que existe.
É pra lá que se mandam as pessoas. Poderia existir um carimbo "vai pra merda" ou "vai à merda", tanto faz! Merda é merda. Mas chega de falar de(ssa) merda - falar de merda é fácil - e vai procurar algo mais útil pra fazer. Fui!

Voltei porque não consigo parar de escrever. Escrever é tudo. É manisfestação do pensamento de forma suave e discreta. E o que é melhor, introspectiva.
Não xingue! Dizia a velha senhora. Mas como não xingar? Já chamei de merda este texto! Qual seria o antônimo de 'merda'? Ai Jesus!?
Seja virtuoso. Talvez seja um bom caminho para se chegar...(me desconcentrei).
Agora que a poeira baixou, já posso pensar de maneira mais sistemática dos projetos (pessoais) vindouros...Longa pausa!

Voltei. Não sei se a poeira baixou de fato, mas acho que essa idéia de escrever funciona direitinho. É como correr. Relaxa.
Tá quase na hora de mudar o título deste texto, uma vez que a vontade mandar ou ir pra m está passando. O chato é que a vontade de escrever parece que vai junto.
Nessas horas bate uma "vergonhinhazinha" ao saber que alguém, seja lá quem for, venha ler isso tudo. Mas agora, "já era". "Sacou do punhal tem que sangrar". Fui!!! Mas volto!

SEM CONEXÃO

Quero dizer que estou começando de novo a escrever um montão de coisas que não tem nada a ver com o que já foi escrito acima. Nada de pensar muito, procurando ser mais intelectual e deixar as palavras fluirem livremente sem preocupação com possíveis erros ou tropeços gramaticais. Tipo metralhadora giratória, como diz o outro. Ou mesmo "falar pelos cotovelos". Loucura! Como falar pelos cotovelos? Mas ja ouvi falar em "falar pelos cutuvelos". Tá vendo, escrevi "cutuvelos".
Daí perguntei na internet: Como surgiu a expressão “falar pelos cotovelos”? E a resposta foi: Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta - A frase, que significa “falar demais”, surgiu do costume que as pessoas muito
falantes têm de tocar o interlocutor no cotovelo a fim de chamar mais a atenção. O folclorista brasileiro Câmara Cascudo fazia referência às mulheres do sertão nordestino, que à noite, na cama com os maridos, tocavam-nos para pedir reconciliação depois de alguma briga.
Hoje surgiu mas um problema que me incomoda muito, não só a mim como a todos que trabalham aqui: Espaço físico.
O governo criou uma lei (REUNE) que obriga as universidades a aumentarem o número de vagas, carga horária, etc. e, certamente, liberou recursos para investimentos em infraestrutura. O que se observa é um "inchaço" que causa desconforto a todos provocando uma queda de rendimento e consequentemente a qualidade dos serviços. Problemas de gestão? Possivelmente, e que tem a ver com a própria estrutura arcaica do Serviço Público. De certa forma, minha postura diante do ocorrido hoje, foi um pouco grotesca mas inevitável. Como conciliar? É hora dos mais velhos refletirem e repensarem o modelo existente para que os mais jovens ajam logo. Não temos tempo a perder.

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Experiência profissional X Formação Acadêmica.
Uma outra questão difícil de conciliar é a distribuição dos recursos humanos quanto a experiência e formação. Ela é extremada. Em alguns setores só tem "analfabeto" e em outros, "doutores". Os primeiros são profissionais com pouca formação acadêmica e que entraram no mercado de trabalho ainda muito jovens e adquiriram experiência no exercício.
Já os de "notório saber" passam boa parte da vida em busca do conhecimento teórico e somente iniciam alguma atividade "prática" no final de sua formação (já não tão jovens assim).

[SHIFT]

Outra questão muito comentada mas ainda pouco compreendida é a fragmentação que ocorrre na universidade.
Segundo o Prof. Pablo Benetti, em entervista ao Jornal da UFRJ, diz que: ..."Passei a conviver com inúmeros universos da UFRJ. Há variados campos do saber e, muitos, de excelência. A nossa universidade contribui diretamente para o desenvolvimento nacional e existem vários projetos em interface com a sociedade. Essa dimensão é
gratificante e, ao mesmo tempo, motivo de orgulho para os membros dessa universidade. Entretanto, esse panorama não tem visibilidade por conta de nossa maldita fragmentação. Tenho a convicção de que é possível caminhar rumo a uma verdadeira transformação dessa universidade com a superação da fragmentação".
Obs: Isso tudo não passa de uma separação (apartheid) entre os poderosos phd's - que formam grupinhos - e os demais segregados.

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"Ele voltou, o boêmio voltou novamente". Então, "mãos à obra" FDP. Queres dá uma de gostosão, então dá. Eu como não gosto de puxa-saco, vou ficar na minha.
Hoje, felizmente, não preciso mais gastar adrenalina à toa. Nesse caso, é melhor ficar na retaguarda.
É difícil conviver com uma situação dessa onde o labor é prejudicado por sentimentos, digamos, "negativos".

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Merba? Porque merba? O nome é merda mesmo. Disfarçar porque se ontem o Presidente falou de merda á bessa. Por falar em bessa, vou copiar uma paradinha aqui que minha irmã enviou por e-mail:

De Paulo Leminski para:

Heyrton

ontem tive a impressão
que deus quis falar comigo
não lhe dei ouvidos
quem sou eu para falar com deus?
ele que cuide dos seus assuntos
eu cuido dos meus

Gugu

Não discuto
com o destino
o que pintar
eu assino


João

Passa e volta
a cada gole
uma revolta

Daniel

Acordei bemol
tudo estava sustenido
sol fazia
só não fazia sentido

Gery

Merda é veneno.
No entanto, não há nada
que seja mais bonito
que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam pobres,
cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
à bosta da pessoa amada.

Dodora

Abrindo um antigo caderno
foi que eu descobri:
Antigamente eu era eterno.


Babá

en la lucha de clases
todas las armas son buenas
piedras
moches
poemas

Lucinha (Respeita)

alvorada
alvoroço
troco minha alma
por um almoço

Marta

Eu hoje acordei mais cedo
e, azul, tive uma idéia clara
Só existe um segredo:
Tudo está na cara


Eduardo (Bessa Filho)

rio do mistério
que seria de mim
se me levassem a sério?
_________________________________________________________________

Coisa poética mesmo! Ou melhor, de poeta.

[SHIFT]

Enviada por e-mail:
De: Marelisa
Para: Galera da familia
Assunto: Utopia
Parte(s): Receita utópica de Manoel de Oliveira para mudar o mundo....doc

Otimismo aos 101 anos de idade...


MANOEL DE OLIVEIRA RECEBE ORDEM DO MÉRITO CULTURA E DEIXA CONTRIBUIÇÃO UTÓPICA PARA O PRESIDENTE LULA

Manoel de Oliveira recebe a Ordem do Mérito Cultural do governo brasileiro
Na cerimônia de entrega das medalhas da Ordem do Mérito Cultural, dia 25 de novembro, no Rio de Janeiro, o cineasta

português Manoel de Oliveira (101 anos em 16 de dezembro de 2009), um dos homenageados, deixou um manuscrito com o

seu pensamento utópico como contribuição ao governo do presidente Lula. O cineasta também discutiu com o ministro

da Cultura Juca Ferreira e Alfredo Manevi, secretário de Políticas Culturais, a possibilidade de rodar um filme no

Brasil em 2010, inspirado em um conto de Machado de Assis. O Jornal da Mostra teve acesso exclusivo ao texto

entregue por Manoel de Oliveira ao presidente Lula, e o revela a seguir. Com o título “Jogo tão real como utópico,

mas imaginável para filmar”, o cineasta propõe, entre outras coisas, a abolição do dinheiro para salvar a economia

em crise e as relações humanas:

´´ Este Jogo de uma realidade Utópica foi um dos meus inesperados achados, ocorrido como possível e imediata

solução radical à atual crise econômica e seu reflexo mundial, ainda que aparentemente não realizável por parecer

utopia, pois como afirmava Einstein: é mais fácil desintegrar um átomo do que mudar uma mentalidade.

Teimo, porém, em transpor por escrito esta minha idéia, ainda que de aparência utópica, no preciso momento em que a

atual crise assola o mundo.
Alguém me perguntará:

a)– E qual a base dessa ideia, para salvar esta situação de crise? (Ao que responderei):
b)– A crise começou com a falência do primeiro banco nos EUA, e logo outros se lhe sucederam, com um refluxo

financeiro mundial. A aplicação concreta deste pensamento teria por base a eliminação total do dinheiro, pois é

nele que se consubstancia todo o mal. Eis uma tarefa, afigura-se-me, fácil, rápida e eficaz.

a)- Como eficaz?, se no dinheiro reside todo o poder de compra?
b)- Exatamente por isso. Acabaria a ideia de compra e venda e, em contrapartida, cada um manteria seu habitual

lugar de trabalho, sendo o trabalho a garantia ao direito a todas as aquisições que fossem necessárias a cada um.

a)- E cada um podia ter tudo quanto quisesse?
b)- Claro. Tudo o que lhe fosse necessário e igual para todos. Até porque assim se anularia por completo a pobreza.

a)– E o que se faria do dinheiro e das diferentes moedas que são inúmeras?
b)– Em primeiro lugar, o dinheiro apenas representa trabalho. Dinheiro é trabalho. E trabalho, sim, será sempre

indispensável a este ou qualquer outro processo. Assim como a Europa reduziu suas diferentes moedas ao Euro, assim

seriam eliminados os Euros e todas as demais moedas, pois que o dinheiro, repito, não representa senão, e só, o

esforço do nosso trabalho. O dinheiro, quer em metal ou papel, seria totalmente reciclado. E, ao contrário do

adágio, diríamos: nada perdeste e muito ganhaste.

a) – E como proceder sem dinheiro, por exemplo, no caso de alguém querer comprar uma quinta... ou vendê-la por já

não poder tratar mais dela?
b) – Muito simplesmente cedendo-a a quem estivesse interessado nela, tal como se fosse oferecida, mudando-se apenas

o registro para o nome do novo proprietário.

a) – Quer disser então que a propriedade persistiria?
b) – Naturalmente. No novo sistema continuaria em tudo exatamente como o atual, tintim por tintim, segundo a ordem

do antigo sistema, mantendo-se a posse de bens e os diferentes tipos de postos de trabalho. Só acabava o sistema

financeiro. Mas continuariam cedências, aquisições e trocas, e sempre que se oferecessem tais casos seriam feitos

em mútua e plena concordância, sem qualquer ajuste de valores.

a) – E tudo isso porquê?
b) – Ora porquê! Antes de mais, para dar conserto imediato à atual crise financeira e ao nosso tipo de vivência,

eliminar a pobreza e roubos, pois todo o indispensável para cada um viver estaria sempre disponível para todos e

por igual.

a) – Para todos?
b) – Claro, para todos! Fossem os do mundo governamental, judicial, educacional, cultural, industrial, comercial,

médico, hospitalar ou farmacêutico etc, etc... Quer para funcionários, operários, como para dirigentes ou

dirigidos, enfim aos servidos com aos servidores, todos beneficiariam dos serviços comuns que estariam abertos como

habitualmente o estão no sistema atual.

a) – Quer dizer que ninguém precisava trabalhar?
b) – Ah!, isso é que não! Muito pelo contrário, ninguém abandonaria o seu posto de trabalho. O trabalho seria

justamente a mola real de todo este novo sistema. Ele seria o fundamento indispensável combater a fome e o frio. Se

o trabalho não existisse, isso sim, seria a pior das crises, como acontece hoje às pessoas que são vítimas desses

flagelos e que, numa grande parte, se encontram desempregados. O trabalho de cada um seria a garantia deste novo

sistema, justificando o direito à obtenção livre do que fosse necessário. O bilhete de identidade constituiria a

garantia de seu posto de trabalho, a posse dos seus haveres e de tudo mais que necessitasse.

a) – E não haveria quem fugisse ao seu posto de trabalho e continuasse a beneficiar das regalias oferecidas?
b) – Todo aquele que fugisse ao seu trabalho, isto é, à função do seu afazer, não importava quem nem qual, sofreria

a justa punição. Para isso lá estaria a justiça e a governação.

a) – E como se controlaria isso tudo?
b) – Ora aí está. Não como foram controlados os bancos antes da crise; mas, eliminando o dinheiro, logicamente

desapareceriam os bancos.

a) - E o que fariam, então, os seus dirigentes e funcionários?
b) – Dirigentes e funcionários, de qualquer tipo de instituições financeiras, passariam a ser complementares à

distribuição e à organização de todos os trabalhos, dos empregados, e da sua fiscalização dos trabalhos de todos e

de cada um em particular, dando dignidade por igual ao seu trabalho de cada um, fosse ele qual fosse. E assim nunca

haveria o risco do desemprego. Tudo o mais continuaria à semelhança do atual viver, em todas as profissões com

total igualdade entre as obrigações e regalias do novo sistema, distinções qualificativas na qualidade dos

trabalhos de cada um, quer no dos dirigentes ou dirigidos, no campo político, comercial e industrial, nas artes ou

qualquer outro ramo de trabalho.

a) – Mas tudo isso se me afigura um tanto utópico?
b) – O que na verdade mais me perturba é essa sempre tão pronta descrença na possibilidade desta real proposta,

assim tão prontamente suposta utópica. O que realmente se me afigura utópico seria chegar a um universal acordo de

vontades. E isto sim, é que realmente se torna utópico. Cada cabeça cada sentença. Mas se fosse possível levar esta

idéia à prática, todos viveríamos equilibradamente, e não haveria falências, nem desempregados, nem pobres, nem

assaltos, nem roubos, por de todos inúteis. E até já ninguém pensaria mais nessa coisa que contraria o amor ao

próximo, que é esse velho frenesi do poder que, aliás, o próprio sistema econômico em muito proporciona; ou essa

outra ânsia, a da posse de bombas atômicas. Eis a última ameaça nascida daquilo a que nós chamamos de Civilização.

Vem a propósito, um curiosa reflexão do meu bom amigo Bernard Despomadères. Contava-me ele como através dos tempos

se foi aligeirando o processo de compras que nos primórdios se processava trocando animais, produtos ou objetos.

Bernard explicou-me, como através dos tempos, se foi simplificando e agileirando esse processo de trocas através da

invenção do dinheiro, que começara a ser representado por moedas grossas muito pesadas em diferentes metais; mais

tarde, essas moedas foram agileiradas e substituídas por notas de papel, simplificando-se mais ainda com a

introdução de livros de cheque; e surgiram depois os cartões de crédito, sendo agora até é possível transacionar

através da Internet. Repara-se agora como com a minha dita utópica proposição se chagaria à total simplificação nas

transações que passariam a ser efetuadas unicamente pela troca do trabalho de cada um. Pois que dinheiro não

representa senão trabalho. Nesse novo sistema, o trabalho não seria tido como uma maldição porque adquiriria, como

se disse, uma significativa dignidade.

A obrigatoriedade do trabalho seria como um prêmio fundamental para cada um se ocupar da sua função social e ganhar

o direito à sua subsistência, tal como por igual acontece com os animais selvagens que dia após dia ocupam todo seu

tempo à procura do alimento, como nos confirma a sábia lei – ganharás o pão de cada dia com suor do teu rosto. E

não há outro modo, mesmo para o dotado Brasil tão rico em quantidade e na qualidade de variadíssimos e deliciosos

frutos``

Manoel de Oliveira


Galeria de Fotos

Fernanda Montenegro com Manoel de Oliveira na cerimônia da Ordem do Mérito
Cultural no Rio de Janeiro

O ministro da Cultura Juca Ferreira, o ator Ricardo Trepa e o cineasta Manoel de Oliveira

Manoel de Oliveira autografa o seu livro (editado pela Mostra e a Cosac Naify) para o
presidente Lula e o ministro da Cultura Juca Ferreira
Jornal da mostra

• Nº 700
• 33ª Mostra > 30/11/2009
Edição:
Renata de Almeida e Leon Cakoff

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Uma reflexão sobre a resignação.

Resignados ficamos sempre que sofremos uma perda irrecuperavél como a morte de uma pessoa querida?

No dicionário do Aurélio:

resignação
[De resignar + -ção.]
Substantivo feminino.
1.Ato ou efeito de resignar(-se).
2.Renúncia espontânea de uma graça ou de um cargo.
3.Submissão paciente aos sofrimentos da vida.

resignante
[De resignar + -nte.]
Adjetivo de dois gêneros.
Substantivo de dois gêneros.
1.Que ou quem resignou, por merecimento ou por força das circunstâncias, aquilo a que tem direito.
2.Resignatário.

resignar
[Do lat. resignare, ‘tirar o selo’; ‘renunciar’, ‘resignar’.]
Verbo transitivo direto.
1.Demitir-se de; renunciar:
Nixon terminou resignando a presidência de seu país.
Verbo pronominal.
2.Ter resignação; conformar-se:
Levou anos para resignar-se com a trágica morte do filho;
“Não julgueis, porém, que me revolto — resigno-me e bendigo todos os sofrimentos, que são a expiação de antigas

culpas.” (Coelho Neto, Turbilhão, p. 163); “A mediocridade do governo brasileiro era louvada com furor pela mídia,

pelo empresariado, pela opinião pública mundial, que via o Brasil resignar-se a ser o que sempre devia ser, um país

de bananas na cabeça de Cármen Miranda e na pauta de nossas exportações.” (Carlos Heitor Cony, em Folha de S.

Paulo, 12.1.1999). [Pret. imperf. ind.: resignava, .... resignáveis, resignavam. Cf. resignáveis, pl. de

resignável.]

[SHIFT]

Definitivamente as coisas não estão indo bem comigo. Preciso descobrir rapidamente o que está acontecendo. Será que

é falta do que fazer? Provavelmente.
Ontem, último dia das minhas férias, parecia que estava tudo bem. O humor estava ótimo.
Hoje, de volta ao trabalho, as coisas mudaram. Bateu um vasio, uma falta de entusiasmo para fazer qualquer coisa,

quando de repente, veio a vontade de escrever qualquer bobagem e assim vou indo. Indo pra onde? Pra qualquer lugar?

Sim, para qualquer lugar que a mente aponte e o teclado aceite.
Nisso, já se passaram alguns minutos e a ansiedade louca pulsa em busca de alguma satisfação.
Lá fora, um dia quente e claro de verão, ora atrai ora retrai a alegria de "curtir" a estação mais "quente" e

atrativa aqui no Rio.
Pronto, o encanto acabou. Agora, nem mais as palavras que escrevo estão me dando satisfação.
É a vida! A medida que passa encurta. Não dá mais pra se fazer como antes. É o 'momentum' espaçoXtempo, (lençol

curto mesmo).
Bem, agora que não dá mais pra se fazer nada mesmo, é melhor esperar para ver o que vai acontecer. Por exemplo: Vou

pra casa procurar o que fazer. Té amanhã.(Escrito em 3 de Fevereiro de 2010).

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Merba de hoje: O Outro, ou melhor, a Outra.(04/02/2010)
Porquê será que ela me olha desse jeito? Porque sim, ora bolas! Ela não me olha, ela me devora e o babaca aqui não

percebe.
Tenho que parar com essa bobagem de me isolar e procurar me interagir mais com as pessoas. Não tá dando mais para

segurar a barra sosinho e superar o trauma de que as pessoas são uma ameaça e que só querem usar e abusar da tua

boa vontade.
Deixa pra lá, não precisa mais se preocupar com essas coisas. Vou fazer exatamente como o filho do Padre falou e

que o Milton cantou: "Andar com fé eu vou que a fé não costuma falhar".
Desencargo, lavagem cerebral, descarrego, desencosto, alguma coisa desse tipo eu devo estar precisando; na medida,

sem exagero. Nem mitigação ou radicalisação.
É muito pouco para um cidadão médio como eu escrever tão pouco tendo tanto o que dizer, mas só vontade não basta.
Agora que o tempo passou - escrever só serve como passa-tempo - vou continuar escrevendo, o que parece estranho. Na

verdade eu ia procurar outra coisa pra fazer mas o "nervosismo" voltou e eu tenho que correr para escrever alguma

coisa para evitar o estresse, embora correr, literalmente, seja até melhor. É isso que eu vou fazer logo mais.

Correr na praia não serve como passa-tempo porque passa rápido mas é bem melhor pro estresse.

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Mesmo não querendo, tive que voltar até aqui para poder explicar o que está acontecendo com todos as pessoas em

volta. Com rara exceção, uma pessoa se destaca por sua clara capacidade de provocar confusão mental na gente. É

como se fosse um tipo de escrisofenia mas com grande poder de transformação, digo, pertubação mesmo.
Eu não sou nenhum especialista mas ja observei pelo menos duas pessoas com quem convivo que apreseneta

caracteristicas muito peculiares. São de níveis intelectuais diferentes, digamos assim, mas que no meu ponto de

vista não influencia no seu comportamento escrisofênico. Então, pobre ou rico, burro ou sabido quando estão com a

"macaca" ninguem segura (aguenta). Por exemplo: Esse tipo de pessoa costuma ter grande poder de sugestionamento

como me tirar do computador no momento em que eu estou mais envolvido prazerosamente na minha dissertação. Tudo

porcausa de dar uma carona.

[SHIFT]

Dia seguinte, muita agitação, pouca disposição, mas mesmo assim consegui realizar um pequeno serviço que me deu um

certo alívio no trabalho. Gostaria de realisar muito mais, mas as condições de trabalho não são muito boas e isso

me deixa muito frustrado. Eu tenho uma certa dificuldade de lhe dar com pessoas pouco profissionais e aqui o único

profissional sou eu. O resto faz tudo na cabeçada. Por exemplo: A faxineira cisma de fazer faxina na hora em que eu

estou mais ocupado e acaba por me tirar toda a concentração. Isso para não falar dos doutores.
Não ter "papas na língua" é muito complicado porque vc. acaba falando demais e machucando as pessoas e a si mesmo.
Agora, como eu não tenho mais aquela vitalidade de outrora, fica difícil mudar o comportamento e me adaptar aos

"tempos modernos". O problema é ser diferente e não ter pares para compartilhar.
Este texto está ficando tão fragmentado que já não dá para entender mais nada.
Problema de infra-estrutura: Cabeçada dá nisso, ninguém pensa na possibilidade de faltar alguma coisa na hora em

que se quer realisar alguma coisa. Pensa-se no objetivo mas se esquece do básico. Água é básico? É, então,

verificar se tem água antes ou vc. vai querer contruir uma hidrelética no deserto de Saara? Chega! Vou embora.

[SHIFT]

Tive que mudar de texto porque o contexto agora é outro.
Aqui é pés no chão. O pessoal está ouriçado em busca de resultados experimentais consistentes para justificar o

investimento feito até agora em equipamentos etc.
Se Kirchoff estivesse entre "noises" ele resolveria isso tudo rapidinho com sua teoria dos nós e das malhas, creio

eu.
Agora, para falar a verdade, nada faz sentido. Tudo se desmorona (lembrei Epicuro novamente).
E assim vai. Escrevo um pouquinho aqui, um pouquinho ali...E de shift em shift vou levando.

[SHIFT]

E assim vai...Mudou tudo, nada é mais como era antes porque as circunstâncias são outras bem diferentes e exige uma

reflexão impossível de ser prazerosa mas que é importante para uma analise futura, ou seja uma autocritica, auto

análise ou seja lá o que for, desde que seja auto.

[SHIFT]

Problemas de Aterramento.
Aterramento ou enterramento não faz muita deferença. O coveiro resolve as duas com facilidade. Para o aterramento

ele vai precisar de trinta ohms e para enterrar trinta homens ele faz sozinho. (Não gostei do trocadilho, mas já

que tá, fica).
Para que essa "paradinha" não fique parecido com diário de mocinha, tenho que enfiar o dedo no nariz, coçar o saco

e cuspir pro lado.
_E aí mermão? O que é que tá pegando? Aterramento é comigo mesmo, morou! Sabe o que aconteceu? O coveiro foi lá e

mandou ver: Pegou o suspeito cabo de aterramento e créu, enfiou o tal na fase. Pronto, estava feito o teste.

Acidentalmente, mas eficiente.
O problema esta resolvido provavelmente com outro referencial o que pode ter que ajustar os equipamentos.
_Agora esse filho da puta metido a besta querer vim pagar pra mim é um abuso, disse o covoveiro. Se ele não

acredita em mim que vá se fuder e arrume outro coveiro para enterrar no rabo dele.
_Agora, se isso prejudicou o trabalho de alguém, que não me pedissem um tratamento urgente e radical. Até certo

ponto, o cara tem razão não se deve trabalhar com leigos.
O doutor(zinho), que se diz meu amigo, está querendo me culpar pela perda das medidas. Isso ocorre porque eles se

perdem e não sabem mas o que fazer e procuram um culpado. A culpa é do coveiro.

Vou ter que rever o parágrafo acima porque acho que joguei pesado da última vez. É o ambiente, como já disse antes,

influencia muito na hora de escrever. Lembrei que Paulo Coelho, aquele escritor, dizia que o ato de escrever é um

ato solitário. Pode ser, mas eu prefiro escrever na hora do sufoco. Quando estou solitário - a maior parte do tempo

- não consigo escrever. Basta a pressão urbana (homens e máquinas) para eu disparar escrevendo. Quando eu levo a

"merba" pra casa na intenção de continuar escrevendo, tudo muda, minha cabeça é outra. Então, daqui pra frente vou

observar melhor essa diferença.
Não é xenofobia não, mas porque precisamos buscar estrangeiros? Deve ser aquela velha história: "Santo de casa não

faz milagre". Mas ainda acho que deveriamos descobrir entre nós mesmos nossos talentos.

Sem [SHIFT]. Da minha oca.
Tentarei uma narrativa observando o ambiente em volta: "O sol entra pela janela e belisca minha bunda branca, que

eu sentado, nú, sem piscar, escrevo essa bosta, digo, merda, ou melhor, merba. O pensamento fica a mil depois de

uns 'pauzinhos' (tapinhas) que eu estou experimentando para analisar o espectro da minha consciência.
A sensação é de total liberdade, onde tudo é permitido.